É comum nos primeiros anos de vida, quando a criança ainda não tem percepção de interação social, haver dificuldade em compartilhar. E não estamos falando só de objetos, briquedos e alimentos, por exemplo, mas de relacionamentos.
Ter aquele “melhor amiguinho” na escola é o começo da vida social, mas normalmente a criança não admite “dividir” essa amizade com outro colega. E aí começam os conflitos. Mas nós, adultos, precisamos fazer o nosso papel de ponderação e agir racionalmente para gerenciar essas situações.
Outra questão é quando a criança ganha um irmãozinho, e passa a sentir muito ciúmes dos pais. A ideia que elas têm é que seu território está sendo ameaçado. Todo amor, carinho e cuidados que antes eram exclusividade, agora são compartilhados. Mas, se para os adultos já é difícil dividir algo ou alguém, imagine para uma criança, que não tem maturidade e discernimento.
Segundo a psicóloga Daniela Nogueira, é importante que pais e professores, pessoas que geralmente estão mais próximas da criança nessa fase de aprendizado, abram um diálogo claro com ela. Explicar que dividir um brinquedo com amiguinho, ou qualquer outra criança, é uma troca sadia. E que, acima de tudo, ela também pode ser beneficiada com essa troca, pois também poderá brincar com algo novo.
“Mas não se deve obrigar a criança a ter esse comportamento. Tudo que é feito por obrigação causa traumas, e não é esse o objetivo”, explica Daniela. O mesmo acontece com a questão de relacionamentos familiares e de amizade. É importante e necessário ressaltar que toda criança tem seu tempo de aprendizagem, que deve ser respeitado.
E lembre-se: o diálogo é sempre a melhor opção!