Mais de 400.000 sorrisos interrompidos, todos os anos no Brasil, pela dor de um tratamento oncológico. O câncer infantil e na adolescência rouba a vida de milhares de crianças em nosso país. Infelizmente, algumas vezes, nós conhecemos um anjnho que luta contra essa doença impiedosa.
O caso de Sara
Foi o caso da pequena Sara Beatriz Isaías Oliveira. “Perfeitinha até nos defeitos, uma menina linda, de sorriso fácil e com um jeitinho doce, apesar de briguenta, aventureira, criativa e inteligente. Inevitavelmente encantava todos que a conheciam”, como a própria mãe fala. Em julho de 2019, quando Sara estava com apenas cinco anos, após passar um fnal de semana com a família em uma chácara, começou a reclamar de fortes dores abdominais. Chegou aos 40 graus de febre, situação totalmente atípica.
Os pais levaram a menina ao pediatra que, após um raio-x, alegou que as dores no tórax eram fezes, e receitou apenas um laxante. Como as dores persistiam, num atendimento da sua mãe, Laís, que é manicure à uma de suas clientes, médica pediatra, comentou sobre o caso da Sara. A Drª Miúcha Negrão pediu para examiná-la e viu que tinha algo errado, que, provavelmente não tinha nada a ver com o disgnóstico anterior.
Ela recomendou que Sara fosse levada imediatamente para realizar um exame de imagem mais detalhado, para ver então do que se tratava. Aí que o câncer foi diagnosticado. Uma massa de tamanho significativo foi descoberto no abdômem de Sara.
O início do tratamento
A pequena foi logo submetida à uma cirurgia para retirada da massa de três quilos e meio, que não pôde ser totalmente extraída, numa tentativa de erradicar a doença. Porém, o câncer já estava em mais lugares do que se esperava. Eram idas e vindas ao hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba para tentar, de alguma forma, combater aquilo tudo. Foram inúmeras sessões de quimio e radioterapia.
Como o tratamento desprendia de muito tempo por conta das viagens, e os dias pós sessão eram difíceis e exigiam cuidado, a Laís precisou praticamente parar de trabalhar para dar suporte à filha. Foi aí que entrou a empatia e a solidariedade de muitas pessoas, que começaram a se mobilizar para ajudar a família a passar por esse momento tão difícil.
Uma rede de amor e apoio
Uma delas foi a Karol, Diretora Administrativa do Grupo Vila Coruja, que prontamente começou a se mobilizar através de rifas e vaquinhas para ajudar financeiramente a família. Após um ano de tratamento e diversas complicações, Sara foi totalmente desenganada pelos médicos. Eles afirmaram que, apesar do caso dela ser irreversível, fariam de tudo para que tivesse conforto nos dias que ainda teria de vida.
No dia 1ª de novembro de 2020, a pequena Sara descansou. Seu corpo não aguentou mais aquela dura batalha, tão injusta para uma criança, que deveria ter a vida toda pela frente. Karol escreveu uma pequena homenagem à Sara, alguém que vive num universo tão infantil e que, assim como todos que ajudaram a família de Sara, ainda sentem fortemente por essa perda.
Alerta!
Infelizmente esse caso, e tantos outros que existem por aí, servem de alerta para todos nós. Dêem atenção para uma dor persistente, levem seu filho ao médico. E se acharem que um diagnóstco não é o suficiente, procurem o segundo, o terceiro, mas valorizem a reclamação de dor de uma criança porque há algo de errado. Aquela frase que é melhor pecar pelo excesso do que pela falta, é verdadeira e mais do que necessária, assim como fizeram os pais da Sara.
Pequena homenagem
“Querida Sara,
Quanta saudade e quanto amor você nos deixou! Obrigada! Obrigada pela oportunidade de te ter por perto, obrigada por tantos ensinamentos.
Sara, você continua nos ensinando, sua mãe está tão crescida, tão amadurecida, a saudade dói né, e vai doer sempre, mas sinto que ela aprendeu tanto, evoluiu tanto, uma humildade, uma aceitação da vida, como todos nós deveríamos aceitar.
Você será para sempre nossa Sara!
Querida Laís, que você sempre se sinta amada e acolhida! Receba meu abraço e meu amor sempre! E que a história da Sara seja sempre lembrada, que nosso amor chegue a ela no Jardim lindo que ela está!
Um beijo, Karol! “
