É uma verdadeira questão de malabarismo abrir e manter uma empresa em nosso país, com uma carga tributária tão grande. Para trabalhar corretamente e obedecer a todos os critérios legais, um empreendedor paga, em média, 7 impostos. Não é para qualquer um!
Fora isso ainda temos que colocar na “ponta do lápis”: aluguel, luz, água, mercadoria, folha de pagamento…ufa! É de tirar o fôlego mesmo. E devemos aqui abrir um parênteses para o que foi a questão da pandemia, quando muitos setores tiveram que fechar as portas, como foi o nosso caso. Sem poder realizar eventos, mas com praticamente todas as obrigações para honrar, tivemos que sentar e nos reorganizar para diminuir os danos ao máximo. Essa foi, sem dúvidas, a maior lição de empreendedorismo que tivemos nesses quase 8 anos de empresa.
Muitas vezes nós, empresários, sejamos eles de pequeno, médio ou grande porte, ouvimos de muita gente frases desmotivadoras, conselhos superficiais e incentivos contrários ao nosso propósito, deixando aquele “incômodo” no coração, um pensamento de dúvida e desânimo. E é justamente nessas horas que devemos olhar para trás e ver todo o caminho percorrido, todas as coisas que abdicamos para chegar naquela etapa e tomar um novo fôlego para seguir adiante, mesmo que a estrada não seja tão favorável naquele momento.
Há dias em que não queremos papo com ninguém, que ouvir uma crítica do cliente tem um peso muito maior do que deveria, e tá tudo bem. Afinal, por trás “daquele CNPJ” tem um ser humano, com expectativas, frustrações e dores. Ser empreendedor exige muito mais do que uma boa administração financeira ou uma boa estrutura de trabalho; empreender de verdade requer jogo de cintura e perseverança!